Emmanuel
REENCARNAÇÃO
E PROGRESSO.
Comentando
as necessidades da reencarnação, anotemos alguns quadros da Natureza.
O celeiro é
a casa ideal das sementes.
Aí se
congregam todas, em saborosa intimidade, e quando semelhante reunião se delonga
em demasia degeneram-se na essência, por ação de agentes químicos, tornando-se
imprestáveis.
Conduzidas,
porém, ao replantio, embora padeçam solidão e abandono nas vicissitudes do
solo, voltam de novo à glória da vida, em forma de verdura e flor, espiga e
pão.
A gleba de
calcário friável é, comumente, o refúgio de numerosos tratos de argila que aí
descansam, às vezes por séculos, através de lentas modificações sem maior
proveito, entretanto, se trazidos ao clima esfogueante do forno, materializam
nobres sonhos do oleiro, atendendo a largas tarefas de utilidade em planos
superiores.
Além da
morte física, pode a alma retemperar-se ao calor de afeições caras,
condicionada ao campo de afinidades em que se lhe expressam emoções e desejos;
todavia, superada a fase de justo refazimento, aparece a ociosidade que, se
mantida, faz com que o Espírito por muito tempo se mantenha estanque, ante a
luz do progresso.
É por isso
que a reencarnação se mostra imprescindível e inadiável.
Determinado
companheiro terá resolvido os problemas da sexualidade inferior, mas guardará
consigo a febre de cupidez. Outro sentir-se-á liberado das tentações da usura,
entretanto permanecerá em conflito com o vício da inconformação.
Alguém terá
vencido o hábito da rebeldia sistemática, mas sofrerá em si mesmo o estilete
magnético do ciúme. Esse e aquele amigo se revelarão livres dessa praga mental,
contudo sustentam-se, ainda, algemados à vaidade infantil ou ao orgulho
tirânico.
E para que
essas chagas ocultas sejam extirpadas de nossa alma, é imperioso que nos voltemos
para o renascimento na arena física, onde encontraremos a adversidade naqueles
que não pensam por nossas medidas, para que aprendamos a respirar nas dimensões
da vida maior.
Em nosso
presente estágio de evolução, será preciso renascer, na terra ou noutros mundos
que se lhe assemelhem, tantas vezes quantas se fizerem necessárias, não somente
no resgate dos erros e culpas do pretérito, em louvor da justiça, mas tambem no
aperfeiçoamento de nós mesmos, em obediência do amor.
Toda máquina
algo produz vencendo a inércia pela força do movimento, e toda fonte que
desistisse de caminhar, com receio de pedra e lodo, nada mais seria que a água
parada na calmaria do charco.
O mundo é,
assim, nossa escola.
A família
consanguínea é o grupo estudantil a que pertencemos.
O lar é a
banca da experiência.
Amigos
representam explicadores.
Adversários
desempenham o papel de fiscais.
Os parentes
difíceis são cadernos de prova.
O trabalho
espontâneo no bem é o curso da iluminação interior que podemos aproveitar
segundo a nossa vontade.
E sendo
Jesus o nosso Divino Mestre, a cada instante da vida a dificuldade ser-nos-á
como benção portadora de preciosas lições.
Extraído do
livro “Religião dos Espíritos”,
Pelo
Espírito Emmanuel
Médium:
Chico Xavier
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Esquecimento do passado.
11 – É em
vão que se aponta o esquecimento como um obstáculo ao aproveitamento da
experiência das existências anteriores. Se Deus considerou conveniente lançar
um véu sobre o passado, é que isso deve ser útil. Com efeito, a lembrança do
passado traria inconvenientes muito graves. Em certos casos, poderia
humilhar-nos estranhamente, ou então exaltar o nosso orgulho, e por isso mesmo
dificultar o exercício do nosso livre arbítrio. De qualquer maneira, traria
perturbações inevitáveis às relações sociais.
O Espírito
renasce frequentemente no mesmo meio em que viveu, e se encontra em relação com
as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes tenha feito. Se nelas
reconhecesse as mesmas que havia odiado, talvez o ódio reaparecesse. De
qualquer modo, ficaria humilhado perante aquelas pessoas que tivesse ofendido.
Deus nos
deu, para nos melhorarmos, justamente o que necessitamos e nos é suficiente: a
voz da consciência e as tendências instintivas; e nos tira o que poderia
prejudicar-nos.
O homem
traz, ao nascer, aquilo que adquiriu. Ele nasce exatamente como se fez. Cada
existência é para ele um novo ponto de partida. Pouco lhe importa saber o que
foi: se estiver sendo punido, é porque fez o mal, e suas más tendências atuais
indicam o que lhe resta corrigir em si mesmo. É sobre isso que ele deve
concentrar toda a sua atenção, pois daquilo que foi completamente corrigido já
não resta sinais. As boas resoluções que tomou são a voz da consciência, que o
adverte do bem e do mal e lhe dá a força de resistir às más tentações.
De resto,
esse esquecimento só existe durante a vida corpórea. Voltando à vida
espiritual, o Espírito reencontra a lembrança do passado. Trata-se, portanto,
apenas de uma interrupção momentânea, como a que temos na própria vida terrena,
durante o sono, e que não nos impede de lembrar, no outro dia, o que fizemos na
véspera e nos dias anteriores.
Da mesma
maneira, não é somente após a morte que o Espírito recobra a lembrança do
passado. Pode dizer-se que ele nunca a perde, pois a experiência prova que,
encarnado, durante o sono do corpo, ele goza de certa liberdade e tem
consciência de seus atos anteriores. Então, ele sabe por que sofre, e que sofre
justamente. A lembrança só se apaga durante a vida exterior de relação. A falta
de uma lembrança precisa, que poderia ser-lhe penosa e prejudicial às suas
relações sociais, permite-lhe haurir novas forças nesses momentos de
emancipação da alma, se ele souber aproveitá-los.
O Evangelho Segundo o Espiritismo.
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Natureza e
Reencarnação
A palavra
"Reencarnação" significa que a nossa vida presente resulta de vidas
anteriores, e que a nossa vida futura estará de acordo com as que já vivemos e
a maneira como estamos agora vivendo. Tudo na natureza mostra os esforços
repetidos neste sentido, com intervalos periódicos de repouso, entre os quais é
assimilada a experiência adquirida que serve de base para um novo esforço.
Os Budistas,
Tibetanos e Hinduístas, todos acreditam que continuamos sempre a morrer e
renascer. Todos vieram da morte e do renascimento. Eles acreditam que a
reencarnação é um fenômeno da natureza e que tudo na natureza, obedece às leis
perfeitas, cíclicas.
Todos os
dias, o sol nasce e se põe. Ao dia sucede a noite, seguida por um outro dia; as
estações, Primavera, Verão, Outono e Inverno, são seguidas invariavelmente por
outras séries na mesma ordem. Todos os anos existem as quatro estações, as
flores nascem e morrem. Da mesma forma, nós, seres humanos, fazemos parte
também dos ciclos da natureza. Nascemos, crescemos, morremos e tornamos a
nascer quantas vezes for preciso para purificar totalmente o corpo e a alma,
desenvolvendo assim, nossa consciência.
A cada 28
anos o sol completa seu ciclo. A cada 19 anos a lua completa seu ciclo. A cada
25.550 anos (período conhecido como “Grande Ano de Platão”) tem-se um volta
completa no espaço das estrelas com relação à Terra, e que se equivale à média
de respirações que homem tem durante um dia.
O Homem é
submetido à mesma Lei universal, e, portanto espiritual, vai seguindo fielmente
as flutuações de nascimento, juventude, maturidade, velhice e morte, para
renascer com um corpo novo, moldado talvez para um desígnio melhor do que foi
possível no corpo anterior.
Água sobe
para o céu, muda de forma e volta a terra, num eterno ir e vir.
Por que nada
permanece idêntico a si mesmo? De onde vêm os seres? Para onde vão, quando
desaparecem? Por que se transformam? Por que se diferenciam uns dos outros? Mas
também, por que tudo parece repetir-se? Depois do dia, a noite; depois da
noite, o dia. Depois do inverno, a primavera, depois da primavera, o verão,
depois deste, o outono e depois deste, novamente o inverno. De dia, o sol; à
noite, a lua e as estrelas. Na primavera, o mar é tranqüilo e propício à
navegação; no inverno, tempestuoso e inimigo dos homens.
O calor leva
as águas para o céu e as traz de volta pelas chuvas. Ninguém nasce adulto ou
velho, mas sempre criança, que se torna adulto e velho.
Foram
perguntas como essas que os primeiros filósofos fizeram e para elas buscaram
respostas.
Sem dúvida,
a religião, as tradições e os mitos explicavam todas essas coisas, mas suas
explicações já não satisfaziam aos que interrogavam sobre as causas da mudança,
da permanência, da repetição, da desaparição e do ressurgimento de todos os
seres. Haviam perdido força explicativa, não convenciam nem satisfaziam a quem
desejava conhecer a verdade sobre o mundo.
Fonte: Portal da reencarnação
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